Realizar uma compra e logo em seguida já ter o pacote na porta de casa seria um sonho? Segundo levantamento realizado pela Zebra Technologies, não. No estudo “O Futuro da Operação Omnichannel”, conduzido pela companhia, para atender às expectativas do consumidor, fabricantes, varejistas, empresas de transporte e de logística devem adotar medidas para tornar a experiência de compra mais fácil e rápida. Tudo isso impulsionado principalmente pelo comércio eletrônico.
Envolvendo 2.700 profissionais de 16 países, entre eles o Brasil, a pesquisa mostrou que 78% das empresas disseram querer entregar os produtos no mesmo dia até 2023. Mas o número mais surpreendente é o que vem a seguir: em menos de 10 anos, 40% delas revelaram que os pacotes estarão nas mãos dos consumidores em um prazo de até duas horas.
Para dar conta dessa demanda, 87% pretendem terceirizar o processo e usar serviços especializados de transporte rápido. Além disso, as ferramentas de automação, visibilidade de inventário e business intelligence na cadeia de abastecimento devem ajudar a realizar o trabalho de forma mais prática e assertiva.
Tecnologia é aliada
Se o objetivo é reduzir os prazos de entrega, é necessário investir em modernização para trazer velocidade à cadeia de abastecimento. Para boa parte das empresas, as tecnologias mais disruptivas vão ajudar a alcançar essa meta, como drones, veículos autônomos e robôs, além de sistemas de identificação por radiofrequência (RFID) e plataformas de inventário, que devem crescer quase 50% nos próximos anos.
Essa revolução deve acontecer de forma bem rápida, pois uma grande parcela dos entrevistados ainda usa processos manuais ineficientes para gestão. Espera-se que até 2021 os computadores móveis portáteis e scanners de código de barras tomem o lugar do papel e da caneta e passem a ser utilizados por 94% delas, melhorando a logística omnicanal e trazendo mais precisão e agilidade na gestão dos armazéns.
Desafios à vista
O estudo também mostra alguns obstáculos apresentados pelas empresas. Um dos principais itens apontados é a devolução de pedidos online – um problema para 68% dos varejistas globalmente.
Com o aumento das entregas rápidas e muitas vezes gratuitas, também houve um crescimento significativo da volta de produtos por trocas ou mesmo desistência. E isso interfere diretamente no bolso das organizações. É preciso agir com cautela para atender aos desejos do consumidor, mas não ficar no prejuízo quando o assunto é logística reversa.
Isso já tem começado a refletir na maneira em que muitas empresas têm gerenciado os envios de mercadorias, trazendo mudanças. Na América Latina, por exemplo, 40% dos entrevistados planeja suspender os fretes grátis e 55% devem começar a cobrar pelas devoluções.
Outro grande desafio na região é a necessidade cada vez maior de reduzir os impactos ambientais causados pelo comércio eletrônico. Entram nessa lista desde o papel utilizado no processo até o número de veículos circulando pelas ruas para fazer as entregas. Mais de 90% dos executivos relataram que se sentem pressionados em relação ao assunto.
Descubra mais dados revelados pelo estudo aqui.